Galahad, O Puro, chega à corte de Artur e senta-se à mesa, no Assento Perigoso, que permanecera vazio. Completando o círculo dos Cavaleiros, a sua chegada despoletou a Demanda do Graal (Sir Galahad is brought to the Court of King Arthur, de Walter Crane).
O valoroso jovem Sir Galahad era filho de Sir Lancelot e de Elaine de Corbenek. Apesar de ser um filho ilegítimo, torna-se claro, desde o início que Galahad é imaculado. As doze freiras que o criaram disseram a seu pai que ele devia fazê-lo cavaleiro pois nenhum outro homem vivo seria mais digno da ordem da Cavalaria.
Sendo a Demanda do Graal a grande preocupação dos cavaleiros da Távola Redonda, um dos lugares à mesa - the Siege Perilous - ficava sempre vago, estando reservado ao cavaleiro que encontrasse o Cálice Sagrado. Até Sir Galahad tomar o lugar, nenhum outro cavaleiro conquistara o direito de o ocupar sem que instantaneamente a terra o engolisse. Assim que Galahad se sentou na Távola Redonda, sentiu-se em Camelot a presença do Graal.
Uma donzela misteriosa anunciou então que o Cálice Sagrado se apresentaria à mesa para alimentar todos os cavaleiros. Assim sucedeu, embora nenhum dos presentes no maravilhoso banquete tivesse visto ou tocado no Graal. Quando Sir Gawain jurou encontrar a morada do cálice para o ver com os seus próprios olhos, a maioria dos cavaleiros seguiu-lhe a demanda.
A demanda de Galahad é encorajada por anjos (Sir Galahad, de Arthur Hughes)
Embora tivessem partido por caminhos contrários, Galahad reuniu-se a Percival e a Bors quando encontrou o Graal. Tinham os três recebido o sacramento de José de Arimateia, há muito morto, que disse a Galahad para levar uma lança ensanguentada ao castelo do Rei Pescador e esfregá-la no corpo e membros estropiados do soberano. Depois de cumprir esta tarefa, curando o estranho rei, Galahad teve uma visão do Graal.
Galahad rezou para que lhe fosse concedido deixar o mundo e uma voz disse-lhe que a sua alma viveria na outra vida com Cristo logo que o seu desejo pudesse ser satisfeito. O puro e humilde cavaleiro segurou o Graal por uns instantes e depois, quando se ajoelhou para rezar pela sua morte, a alma desprendeu-se-lhe subitamente do corpo e foi levada aos céus por um grande séquito de anjos.
O Graal foi alcançado por três cavaleiros muito diferentes. Galahad, o mais puro, contemplou o seu conteúdo; Bors, o mais mundano, voltou para contar a história; Percival, o tolo ingénuo, tornou-se no seu guardião (A Meta, de Edward Burne-Jones, Tapeçaria, c. 1870)