sexta-feira, 9 de julho de 2010

Camelot

Don't let it be forgot,
That once there was a spot,
For one brief, shining moment that was known as Camelot.

Camelot, Ilustração de Alan Lee, 1984

Camelot foi o castelo mais famoso das lendas medievais sobre o rei Artur e onde, de acordo com a lenda, ele reinou sobre a Bretanha antes da conquista saxã. Foi lá que Artur estabeleceu uma magnífica corte e juntou os melhores guerreiros da Europa, os Cavaleiros da Távola Redonda. Camelot foi o ponto de partida para a Demanda do Santo Graal, e, por volta do século XIII, tornou-se o símbolo central do mundo arturiano.

As histórias mais antigas de Artur não mencionam Camelot. É pela primeira vez explicitamente referido no romance Launcelot de Chretien de Troyes, no século XII. Ao longo dos tempos, muitos foram os sítios apontados para a localização de Camelot. Sir Thomas Malory, em Le Morte D'Arthur (século XV), situou-o em Winchester. Geoffrey de Monmouth, na sua History of the Kings of Britain (c. 1136), identificou-o como o Castelo Caerleon em Gales. Outros localizam-no perto de Tintagel, onde supostamente Artur nasceu.

De acordo com os romancistas, Camelot foi buscar o seu nome a um rei pagão chamado Camaalis. Mais recentemente, houve uma tentativa de localizar Camelot nas ruínas do Castelo de Cadbury, em Somerset, tendo o sítio sido escavado nos anos 60 do século XX. Algumas tradições suportam esta teoria: o Castelo de Cadbury é um forte da Idade do Ferro, que domina o Vale de Avalon, em direcção a Glastonbury. Perto ficam o rio Cam e "Queen Camel" (em tempos conhecida como Camel). No reinado de Henrique VIII, o antiquário John Leland fala da população local que se refere ao forte como "Camalat", o castelo de Artur.

A mitologia de Camelot e a história do rei Artur foi contada e recontada ao longo de séculos, e existem imensas versões. As lendas arturianas podem ter-se originado a partir de um Artur histórico, senhor da guerra do século VI, em Gales, mas as inúmeras versões da história removeram-no para bem longe desse tempo e desse espaço.

Devido à crença de que Artur regressará, ele é, por vezes, chamado "The Once and Future King" e Camelot acabou por não ser só visto como um local, mas como um estado de espírito, um reflexo de um ideal perdido. Tennyson, em The Idylls of the King, escreve que é um símbolo, "the gradual growth of human beliefs and institutions, and of the spiritual development of man."
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