Lleu, "O da Mão Habilidosa", era uma divindade solar, mestre de muitos talentos - carpinteiro, poeta, músico, curandeiro e mágico. Ligado à fertilidade da terra, Lleu presidia ao casamento sagrado entre a terra e o rei. O festival de Lleu é conhecido como Lughnasa e ocorre no primeiro dia de Agosto. Nesta celebração ocorriam corridas de cavalos, jogos e danças.
Lleu era filho de Arianrhod. A sua mãe lançara-lhe uma série de maldições, incluindo a promessa de que não teria um nome se ela não lhe pusesse nenhum, não pegaria em armas se não fosse por ela investido e nunca casaria com uma mulher da raça humana. Com a ajuda do tio Gwydion, que o criou, Lleu venceu todas as interdições, embora a mulher invocada por seu tio e pelo mago Math quase o tivesse votado à desgraça.
Blodeuwedd (cujo nome significa "nascida das flores" ou "rosto de flor") era uma bela mulher encantada. Foi conjurada por Math e Gwydion para que desabrochasse dos botões em flor dos carvalhos, da giesta e da ulmeira, e desposasse Lleu.
Por uns tempos, o jovem casal foi feliz, mas um dia Lleu foi visitar Math e, na sua ausência, Blodeuwedd ofereceu a sua amável hospitalidade a um caçador que seguia de passagem, Garonwy, o senhor de Pennlyn. Os dois apaixonaram-se e começaram a congeminar o assassínio de Lleu, uma empresa difícil já que Lleu só podia ser morto se tivesse um pé apoiado no dorso de uma cabra e o outro na beira de um caldeirão que tivesse sido usado como banheira, e só uma lança cuja confecção tivesse durado um ano inteiro poderia trespassá-lo.
Embora os dois amantes tivessem conseguido reunir todas as condições para o atacar, ele não morreu, conseguindo desaparecer no céu sob a forma de uma águia. Depois de ter recuperado dos ferimentos e de Gwydion o ter restituído à forma humana, Lleu voltou para se vingar. Ele e o tio perseguiram Garonwy que se escondeu atrás de uma rocha. Foi em vão pois a lança de Lleu perfurou a pedra e matou-o. Por sua vez, Gwydion transformou Blodeuwedd numa coruja, a ave que só mostra a sua face à noite.