Anna-Marie Ferguson, The Arthurian Tarot
Os candidatos a heróis de Lady Lyone oscilam nas árvores, incapazes de a libertarem, e sequer a si mesmos. Como era o costume, ambas as mãos e uma perna estão amarradas atrás das costas, representando a restrição e a limitação de poderes.
A ferida da batalha e a mancha de sangue marcam o enfraquecimento das defesas e lembram que os níveis de energia estão baixos. Apesar da valentia, a jornada tem sido dura e esgotante, como se pode verificar pela cota de malha danificada e as esporas restorcidas.
Ser dependurado numa árvore evoca a lenda do Deus Nórdico Odin, que se enforcou na Árvore da Vida durante nove dias. Escolheu o auto-sacrifício a fim de aprender os segredos das runas. A deprivação sensorial que vem com a restrição altera o estado da consciência e aprofunda a percepção. Quando não é possível progredir externamente, uma viagem interior é requerida.
É altura de examinar os velhos hábitos que já não são proveitosos. A árvore ganha musgo e o nevoeiro paira - sinais de estagnação. A única vida que brota é a de uma mandrágora, aos pés da árvore. Acreditava-se que esta planta assinalava o local de um enforcamento.