O Equinócio de Outono (Mabon) tem a luz e a escuridão em equilíbrio, antes de começar a época sombria. É o segundo festival das colheitas na Roda do Ano, em que se agradece à Deusa o sustento que deu aos homens para os alimentar durante o Inverno que aí vem. Celebram-se sobretudo as vindimas e a colheita das maçãs, símbolo da vida renovada.
Mabon também é conhecido como a festa de Avalon (a Ilha das Maçãs) e da colheita do vinho. A época da caça grossa começa nesta altura do ano. Por isso, a data é dedicada aos deuses da caça, da pesca e da plenitude, em agradecimento pelos benefícios já recebidos ou ainda aguardados.
Na perspectiva mitológica, este é o dia em que o Deus da Luz é vencido pelo seu irmão gémeo alter ego, o Deus da Escuridão. A noite conquista o dia ao tornar-se cada vez mais longa. A morte simbólica do Deus representa o poder do Sol que enfraquece.
O Deus da Luz também se identifica com uma figura do folclore anglo-saxónico, John Barleycorn, um espírito dos campos de milho, cujos grãos são um símbolo solar. A efígie desta figura costuma ser queimada no campo durante as festas.
No ritmo do ano, Mabon marca o tempo do descanso depois do trabalho das colheitas. Os piqueniques nos bosques fazem parte da tradição (nas regiões onde o clima o permite).
As cores são o vermelho, o castanho, o laranja e todas as cores do Outono. Os símbolos são a maçã, a cabaça, a cornucópia, as pedras tumulares e as grinaldas. A Deusa toma o aspecto da Mãe e os deuses são festejados como um casal de progenitores, a Terra-mãe e o Céu-pai.
Desta forma a Roda do Ano continua o seu percurso...